O atalho mais estratégico e para entender qual direção o seu conteúdo deve seguir é fazer testes A/B. Então, no lugar de quebrar a cabeça tentando criar um conteúdo inovador, teste e teste. Continue lendo para saber como aplicar o teste A/B.
O que é teste A/B?
O teste A/B é um retorno em tempo real da efetividade do seu conteúdo.
Para colocar em prática, você deve fazer duas versões de um mesmo material alterando apenas o elemento que deseja avaliar. Depois, distribuir um conteúdo (A) para uma parte da sua base (25%, por exemplo) e a outra versão (B) para outra parte (25%). O material que ganhar essa disputa será distribuído para o restante do mailing, que nesse caso seria 50%.
A estratégia não precisa ser usada necessariamente com campanhas que já estão no ar. Você pode testar tipos de conteúdo com a sua audiência antes de investir em mídia paga, por exemplo.
Ao longo do texto vamos dar exemplos que vão deixar a aplicação dessa tática mais clara.
Como tirar a ideia do papel
Antes de fazer o teste A/B, analise quais são as publicações orgânicas, e-mails, anúncios e canais que não estão trazendo resultados. Após isso, priorize os formatos de conteúdo que você ou sua equipe irá conseguir testar.
Ao longo do tempo, sua empresa pode evoluir o processo de teste A/B para incluir a ação antes das comunicações irem pro ar, sejam orgânicas ou pagas. O procedimento pode ajudar a evitar baixo retorno financeiro e pouco engajamento.
Teste A/B em landing page
O teste A/B é um recurso tão adaptável que é possível usá-lo para testar diversos tipos de comunicação, como uma landing page.
Imagine que você tem o objetivo de captar leads para um novo serviço em que um profissional coleta o sangue para a análise sem que o cliente saia de casa. O passo a passo dessa página é: a pessoa entrega o telefone e o laboratório liga de volta para agendar o procedimento.
Porém, você não sabe qual é o argumento mais relevante para atrair o público para usar a novidade. Será que oferecer um preço promocional em que a pessoa paga somente pelo exame e não pelo transporte do profissional é interessante? Ou será que ter uma oferta para um combo de exames pode chamar mais atenção?
Então, é possível criar duas landing pages quase iguais. O que vai mudar é justamente esse argumento. Então, você dispara a página A para uma parcela da audiência e a B para outra. Depois é só esperar pelos resultados para entender qual argumento converteu mais.
Você ainda pode testar outros elementos como:
- Copy do título da página
- Copy do botão de chamada para ação (ou CTA)
- Cor do botão do CTA
- Fundo da página
- Tipo do formulário de captura
- Canal em que a landing page está sendo divulgada (e-mail, redes sociais, anúncios ou parcerias)
O importante é testar um elemento de cada vez.
Mídia eficaz é mídia que faz teste
Os anúncios pagos não podem fugir da lógica do teste A/B. Muito pelo contrário, eles devem beber dessa fonte constantemente. Com mídia paga é possível testar:
- Formato (texto, imagem, vídeo)
- Criativo (conteúdo do texto, design da imagem, roteiro, design e edição do vídeo)
- Dia e horário
- Canais de mídia (Google, Instagram, Tik Tok e Linkedin)
Por exemplo, se você quiser divulgar a landing page que já falamos via anúncios, é possível testar dois criativos diferentes para entender qual deles traz mais inscrições gastando menos dinheiro.
Aqui, é essencial programar o teste para que ele aconteça nos mesmos dias e horários e para o mesmo perfil de público.
O poder das métricas do e-mail marketing
Um simples e-mail pode entregar diversas métricas relevantes. A taxa de abertura, por exemplo, prova a efetividade do assunto. E a taxa de clique demonstra o efeito da estrutura do conteúdo e da copy.
A taxa de abertura está baixa? Faça um teste A/B com versões bem diferentes de assunto para entender o que atrai mais a sua audiência. E se a taxa de clique estiver ruim? Tente incluir mais de um botão com o CTA: um logo no começo e outro mais pro final.
Ainda é possível se aprofundar nas taxas, analisando o volume de abertura e clique por horário, dia da semana e sazonalidade. Quer ir além? Dá! Parametrize seus links para entender se a pessoa que clicou também executou a ação.
Vamos criar uma situação genérica. Imagine que o seu objetivo é promover um novo serviço de consultoria de exames via chat do site. Então, você criou um e-mail com um conteúdo que explica a novidade e que tem um CTA que leva para o chat. Nesse caso, é importante analisar se a taxa de clique condiz com o número de pessoas que estão fazendo a consultoria.
É natural que o número de pessoas que vai fazer a consultoria seja menor, porém você pode testar se o problema está na copy do CTA. Para isso, é só programar um disparo de teste A/B em que você troca apenas a copy do botão que leva para o chat.
Além da copy, a localização do CTA pode influenciar na taxa de cliques. Um teste relevante seria incluir a chamada para ação logo no header, que é a imagem que fica no topo do e-mail. Então, seria um e-mail com o CTA no botão e outro no header.
Outro teste que poderia ser interessante nesse cenário, é alterar toda a copy do e-mail. Fazer uma versão mais didática e outra mais objetiva. Isso vai te ajudar a entender se o seu público prefere as informações mais detalhadas ou não.
O teste A/B em e-mail marketing é uma prática comum, pois é um processo relativamente simples e que pode impactar diretamente na construção do conteúdo. Só se lembre de que de nada adianta fazer testes e não aplicar o conhecimento.
A maior parte das plataformas de e-mail marketing oferecem recursos que vão além da criação do mailing e do disparo do conteúdo. Caso só possa contratar um serviço gratuito, busque por aquelas que possibilitam ao menos um número mínimo de testes A/ B.
Pouca verba pode testar?
Não só pode como deve! Caso você tenha um orçamento baixo para investimento em mídia paga, o ideal é testar qual formato é o ideal. Apenas com o resultado em mãos, você terá certeza de qual ideia escalar para ter resultados melhores.
O teste A/B não vale para sempre
Poucas coisas na vida são para sempre e o teste A/B não está entre elas. Um experimento feito há um ano não é válido para validar teorias atuais. A mesma lógica vale para testes feitos há duas semanas.
Isso acontece, pois o comportamento dos consumidores muda constantemente. Na época em que não existia internet, as evoluções eram percebidas em espaços maiores de tempo. Porém, hoje em dia, é possível acompanhar todas as alterações quase que em tempo real.
Além disso, se o seu conteúdo está fazendo sucesso, tenha certeza de que a concorrência está observando. Por esses motivos, é essencial ter uma rotina de testes para ter dados atualizados e usá-los na criação do conteúdo.
E aí, anima começar a fazer teste A/B agora mesmo? Aproveite esse recurso que pode ser adaptado para diversos formatos e ainda traz resultados com velocidade.
